Mas as imagens seguem vivas, e ainda gostaria muito dar continuidade na pesquisa, e transformar em um livro.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdCsxIRnC1PghlbPM5jyRPemABY6K1NKxw_zonyONo4oGgqZXuNr0EjrkSJ-38P2FILc6seTW9NAAk1xxFo-RBTInOJwK6IIRHZw_rLo2B63KSw0n_abXiZtEhyphenhyphenQUXC7-WsJbd4iFQROw/s640/_DSC0020_1200.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5AhsiVmrak26RynWCm1vmRbVEenGdpmJqwSJK-AzmPFHgyt9_ySUe5g7Zays3C4-gMzKVZh68E4_Wfl7QQTW_ZuojCGl12YBEpD7tsp4XxzGy3RnsHi4hk1RLkYgOffcaH4OTuNRt9FY/s640/_DSC0027_1200.jpg)
Esse era o texto de apresentação, escrito por mim e Lou. Hoje provavelmente mudaríamos algumas coisas no texto:
"Casas de vó” surge do desejo de eternizar memórias e culturas ameaçadas de extinção dentro de um curto prazo devido ao avanço de um modus operandi fruto de um sistema autofágico que já não pode sustentar o seu próprio passado e o estilo de vida simples e despretensioso daqueles que com o seu trabalho forneceram o impulso para que fossem forjadas as suas primeiras fundações.
São casas antigas e humildes, cada qual a sua personalidade, assim como suas moradoras, com mobília e decoração de outra época, e com retratos dos entes prezados de diversas gerações – os mais antigos, que já se foram; os mais novos, que partiram para uma vida mais moderna em novos lares. Pequenas e modestas casas, onde famílias inteiras foram criadas, onde o espírito de um verdadeiro lar ainda subsiste, mesmo no vazio deixado pelas ausências. Moradias anacrônicas, verdadeiras poesias em forma palpável, que vêm sendo, porém, continuamente e cada vez mais cercadas pela agressividade pragmática do asfalto e do concreto, e que em breve darão lugar a lançamentos luxuosos e caros, mas ainda assim compactos e frios.
São pessoas das mais diversas origens, profissões, crenças e sotaques, que já se encontram no fim de uma longa vida de conquistas e perdas, e no momento mais frágil de sua trajetória no mundo. Vidas em que os anos são curtos, os dias longos e as horas por vezes alegres, por vezes tortuosas, lembranças guardadas em baús e na memória, recheadas de histórias de um tempo feliz, de histórias de tempos sofridos, que elas nos contam com suas palavras, gestos e olhares.
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