sábado, 20 de agosto de 2016

Sobre referências audiovisuais

Curtas documentais nacionais de baixo orçamento:

Registrávicos é um curta com conversas informais com travestis no centro de São Paulo.


69 - praça da luz, são relatos de prostitutas com mais de 50 anos da praça da luz.


Benzedeiras, filme de uma amiga, Lia Marchi: 

Senhoras. Precisa fazer login no Porta Curtas pra assistir:


Documentários longa metragem:

Coutinho é a principal referência de documentarista no Brasil. Gosto bastante dos trabalhos dele. Aqui sugiro dois, O fim e o princípio, e Edifício Master.

O fim e o princípio. 
Gosto que o filme mostra também o processo, os bastidores. É uma boa referência pra entender como fazer e também como não fazer. É um filme que oferece várias contribuições pro que estamos querendo fazer.
Sinopse: Sem pesquisa prévia, sem personagens, locações nem temas definidos, uma equipe de cinema chega ao sertão da Paraíba em busca de pessoas que tenham histórias para contar. No município de São João do Rio do Peixe a equipe descobre o Sítio Araçás, uma comunidade rural onde vivem 86 famílias, a maioria ligada por laços de parentesco. Graças à mediação de uma jovem de Araçás, os moradores - na maioria idosos - contam sua vida, marcada pelo catolicismo popular, pela hierarquia, pelo senso de família e de honra.


Edifício Master. Uma boa referência pra entrevistas.
Da wikipedia: Na produção de Edifício Master, o diretor e sua equipe mantiveram-se durante três semanas dentro do edifício[3], literalmente morando lá, com a intenção de que ocorresse uma ambientação entre a equipe que produzia o documentário e os moradores. Com o intuito de conhecer melhor as pessoas ali residentes, eles chegaram a entrevistar um total de 37 moradores, extraindo historia intimas e pessoais de cada um deles e estes foram escolhidos para serem os personagens principais do filme. A gravação do documentário durou 7 dias e se ocupou de gravar o cotidiano destas pessoas. Apesar do edifício Master estar localizado em uma área nobre da cidade do Rio de Janeiro, em Copacabana, a maioria de seus moradores pertence às classes médio-baixa e baixa, principalmente comparando com a realidade da sociedade carioca. Os moradores do edifício são pessoas provenientes de diversos locais e origem, com idades diversas, e com diversas histórias de vida, mas habitando todas em um mesmo local. Estes mesmos moradores raramente se vêem, ou nem sabem da existência um do outro.

Doméstica. Gabriel Mascaro. Um filme feito por sete adolescentes que filmaram durante uma semana o cotidiano das suas empregadas, e depois o material foi montado por esse cara aí. É bem complicado, me lembra Que horas ela volta, ao mesmo tempo que é uma questão bem treta, é um documentário que evidencia o absurdo da situação, e é interessante perceber a relação entre entrevistador e entrevistado, e o olhar de quem edita.
Tem no Netflix.

A pessoa é para o que nasce
Boca de Lixo
Estamira


O som ao redor. Kleber Mendonça Filho. Tem na Netflix em qualidade melhor. Não tem tanto a ver, é ficção, mas gosto muito da maneira como as cenas são construídas, os diálogos, as banalidades, a condução sutil através do som.


Filmes feitos com câmeras de celular:


5#callscurta nacional produzido, filmado e editado por celular:

mas gosto mais do making of, que dá umas ideias legais, do que do filme em si.

tangerine. tem em torrent. longa que ficou  todo filmado com um iphone. 

searching for sugar man, documentário longa: 

Paranmanjang, curta coreano de terror do Park Chan Wook (doro ele):



Samsara. Em torrent
Baraka
porque são grandes inspirações pra mim na maneira de montar imagens, sem fala, de uma maneira muito maravilhosa e hipnotizante. 



Sobre os documentários, principalmente os que retratam grupos oprimidos, a estética da pobreza, importante pensar como eles são feitos. Todo cuidado é pouco. Cuidado pra não romantizar, pra não objetificar, pra não usar, pra não exotizar, pra não antropologizar. Qual a relação que se estabelece entre quem é retratado e quem retrata? Às vezes a gente vê o resultado final e não sabe como se deram essas relações, mas muitas vezes os filmes, as fotos são lindas, mas a forma como foram construídas, os diálogos, ou a ausência deles com as pessoas retratadas são problemáticos. 


Os próximos posts de referências audiovisuais vão ser mais projetos independentes sobre mulheres, videos do festival do minuto, sobre direito à cidade, filmes resultantes de oficinas de audiovisual, e de galeras das periferias, principalmente adolescentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário