quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

ajuntando o que faz sentido

Chegamos até aqui, três anos de trajetos celulares. Faz tempo que surgiu a vontade de ouvir histórias banais de idosas do cotidiano. E agora, nessa reta final, vão nos atravessando as faltas, o que não sabemos, e, por fim, a agonia de ter que transformar um projeto que é todo carinho e afeto em produto, porque ou é isso ou é morrer aqui, sem verba e sem tempo esse fazer tão bonito, que tem guiado os tempos. 
Por outro lado, sobram as ausências de um trabalho tão longo: porque não temos mulheres de outras organizações sociais, de tradição oral, que valorizam o passar do tempo e a sabedoria de quem viveu mais: aprender a escutar as histórias como exercício formador da identidade, do corpo no mundo, do fazer cotidiano. E assim vão se abrindo os caminhos - e que todo fazer artístico precisa também de uma roupagem de mercadoria.
Não sei porque essa alumiação só veio agora. De algum jeito é também uma sensação de estar descolada do mundo, das importâncias, de além do umbigo. Pensando nisso, convidamos Laryssa Machada para compartilhar as suas experiências e produções audiovisuais. Compartilha das experiências com idosos e com a escuta de histórias - e também das investigações sobre corpo atravessado no mundo - e esse aproximar é também grande possibilidade de desenrolar futuros, e seguir trabalhando.

Refúgio de raiz - Comunidades quilombolas do RS
Memória Viva

Nenhum comentário:

Postar um comentário